terça-feira, 4 de outubro de 2011

Choque de gerações - Dos Baby Boomers a geração “Z”.



O assunto é até velho, convivemos com esta situação não é de hoje, porém, a cada dia vejo um comentário sobre a criação de uma geração diferente. Como já havia falado anteriormente em alguns de meus textos, nós seres humanos gostamos mesmo é de novidade. É geração X, Y, Z e agora geração “T”, não sei mais o que vão inventar.
Esta é uma realidade do desenvolvimento humano, ficamos velhos, e por algum motivo, salvo alguns seres iluminados, ficamos ultrapassados em nossos pensamentos, não damos conta de assimilar tanta informação, tanta mudança em tão pouco tempo. Como aquele computador que hoje já não roda a versão 7 do Windows, nós profissionais um dia não teremos mais Upgrade, não teremos mais “Slot’s” disponíveis para expansão de memória e o nosso HD vai ficar pequeno.
Esta é uma realidade, por mais dolorosa que pareça. Se partirmos deste princípio, poderemos verificar que não temos como classificar as gerações por letras. Que letra daríamos a geração do pós segunda guerra? Que letra daríamos a geração dos desbravadores do novo mundo? Eles não participaram da nossa evolução?
Certamente nos faltariam letras para elencar todas estas gerações desde o princípio da humanidade.  Independente de como as classificamos, o choque entre o velho e o novo é inevitável, a diferença está em como lidamos com este choque dentro das corporações. Neste caso não há o certo ou o errado, não dá para rotular, o novo só existe em função do velho, o velho só continua existindo, pela existência do novo. Não tem melhor, nem pior, sempre haverá lugar para todos.
Estes dias, fui a um supermercado e encontrei uma forma bem lúdica de entender estes rótulos que colocamos e como eles dificultam nossa vida. Entrei na seção dos Matinais a procura de um achocolatado que tomara quando criança e que por aqueles dias eu havia sentido até o gosto dele em minha boca. Se houvesse uma câmera naquela ocasião certamente verificariam uma criança correndo pelos corredores a procura do bendito achocolatado, fui até cantarolando o Jingle da propaganda da época. Quando cheguei à prateleira, tomei um susto, já não identificava mais qual era o meu achocolatado predileto, todos pareciam tão iguais, suas embalagens, suas cores. A decepção foi tremenda. Fiquei um bom tempo olhando cada embalagem, tentando encontrar um que fosse pelo menos parecido. Havia achocolatados de todos os tipos e fórmulas possíveis. Com banana, sem banana, com ferro e vitaminas, de soja, com mais cacau, com açúcar, sem açúcar, de todo o que é jeito, para todos os gostos, menos para o meu.
Quando já estava desistindo percebi que na prateleira, lá embaixo, quase que colada ao chão havia algumas latas, não tão vistosas e decoradas quanto às outras e que traziam a seguinte inscrição, sabor tradicional. Vocês não imaginam a minha felicidade, em casa revivi momentos com minha família e saboreei meu achocolatado predileto que ainda mantinha o mesmo e velho sabor, o sabor da minha infância.
Portanto, meus amigos, independente de que geração somos, X, Y, Z ou sei lá quantas mais vamos ouvir falar, independente de qual rótulos tenhamos, sempre haverá um lugar para cada um de nós na prateleira, seja em destaque, seja no cantinho, ou até mesmo na prateleira debaixo.
O mais importante mesmo é saber que existirão pessoas que irão nos procurar, porque nos admiram pelo nosso sabor, seja ele tradicional ou novo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário