terça-feira, 8 de novembro de 2011

O pequeno agricultor


Depois de um mês de descanso, estou retornando de meu período sabático lentamente até me acostumar novamente com a rotina. Neste período também aproveitei para realizar uma dieta digital, ficando desconectado a maior parte do tempo. Como disse anteriormente, aproveitei para ficar mais junto da minha família, do meu filho e de meus afazeres domésticos. Neste mês vou iniciar uma especialização e também meu processo de recolocação. Espero contar com todos nesta minha busca por uma nova oportunidade.

Hoje, gostaria de dividir com vocês um momento muito especial que tive a oportunidade de vivenciar nestes dias. Aproveitei um belo dia de sol para iniciar uma pequena horta com meu filho no quintal de casa. Sempre tive vontade, mas nunca tempo para fazer isso. Achei que seria muito legal e ele certamente iria adorar, mexer com a terra, depois ver as plantinhas crescendo e quem sabe saborear um belo tomate plantado por ele mesmo. Fomos juntos comprar sementes, terra, regador e tudo mais que um bom agricultor de primeira viagem acredita que precisa para plantar meia dúzia de sementes. A bagunça foi generalizada, a quantidade de terra dentro das bacias que utilizamos para plantar as sementes, era infinitamente menor que a terra espalhada pelo quintal, em nossas roupas e certamente pela casa toda.

Enquanto estava ali, me divertindo com meu filho, por alguns minutos fiquei imaginando quais valores poderíamos aprender com aquela simples tarefa. Foi incontrolável!

Acabei me recordando de um Artigo do Oscar Motomura que falava justamente sobre as sementes do futuro. Em seu texto, Oscar fala um pouco sobre as sementes que já estão aí plantadas, ou melhor, que nós humanos já plantamos em nossa jornada e que certamente colheremos seus frutos em um futuro próximo. Em sua síntese o texto nos leva a refletir sobre qual o nosso papel hoje e que servirá como solo fértil para o crescimento de bons frutos para o amanhã. Quais são as atitudes que efetivamente realizamos hoje e que realmente podem mudar nosso destino na construção de um futuro melhor.

Trocando em miúdos, o que efetivamente estamos fazendo com o nosso hoje é o que será capaz de proporcionar aos nossos filhos um futuro melhor. Ruas mais transitáveis, governos menos corruptos, empresas mais sustentáveis, bancos com mais escrúpulos, contratos menos leoninos, cidades menos violentas e uma vida bem mais repleta de momentos felizes.

Podemos participar deste momento apenas como espectadores, podemos até mesmo atuar como coadjuvantes fazendo nossa parte no espetáculo. Porém, somente assumindo o papel como protagonistas é que teremos a oportunidade de aplicar todos os nossos talentos em prol do espetáculo da vida. Hoje somos nós que estamos como dirigentes destas empresas, governos, entidades educacionais etc...

Deixo aqui com vocês uma reflexão. Será que precisamos mesmo conviver em um futuro próximo com coisas que hoje nos rodeia? É neste cenário que queremos apostar? Queremos que nossos filhos realizem a colheita dos frutos que plantamos hoje? Que papel estamos desempenhando hoje em nossas atividades?

Um abraço a todos!!